sábado, 26 de março de 2011

AOS CINCO ANOS, BODAS DE TÉDIO !!
SERÁ ??






Será que como para as bodas de prata e as bodas de ouro, o casamento tem também data certa para ficar chato? Parece que tem. Aos cinco anos, aproximadamente, pode-se preparar o bolo e soprar as velas da chatura.
Não é um dado inventado, é praticamente estatistico, e relativo ao Brasil. Ele foi fornecido por uma pequisa sobre a sexualidade feminina realizada por uma revista também feminina, e respondida por 3.600 mulheres de todo o pais. O quadro traçado por essas respostas é claro: depois de cinco anos, o amor e o sexo se tornam, quando muito, mornos. E o tédio se instala.


Parecem poucos, cinco anos, para quem esperava ser feliz para sempre. O desapontamento é uma constante nas cartas. E a acusação; a culpa, evidentemente, sendo quase sempre daquele cavalheiro com quem se partilham a cama e a mesa.


Seria mesmo muito curto esse prazo para duas pessoas viverem juntas? Ou seria curto apenas em relação à expectativa que rodeia o casamento?


As cartas que acompanharam a pesquisa contam histórias praticamente idênticas. O amor inicial, os planos para um futuro comum, o esforço para concretizar esses planos . Tudo bonito, tudo romântico. Frequentemente houve sexo antes do casamento, criando a possibilidade de uma escolha também no plano erótico.


Falam muito em paixão, na sofreguidão, no carinho, na atenção de um sempre voltada para o outro. E falam muito em desejo. Enfim, contam a antiga história do enamoramento.


Não contam o que aconteceu. Também, para que contar aquilo que todo mundo ja sabe, repetir como era bom, na infância, brincar de casinha, brincar de boneca, representar o paraiso que, como a todas as mulheres, as esperava? E como contar as fantasias eróticas elaboradas em torno daquilo que seria a noite de núpcias, os beijos molhados que sonhavam dar no futuro eleito, os projetos de delirios eróticos que alimentavam suas masturbações?


Para que contar como os desejos e as esperanças eram adiados se, afinal, a vida de uma mulher começa mesmo quando ela encontra o homem com quem vai se casar?


As narrativas então começam com o namoro, o noivado, o casamento, esquecidas do resto. Mas é justamente no resto que podemos procurar algumas das causas da decepção.


Antecedendo o casamento real, existe um casamento ideal que vai sendo progressivamente construido durante a infância e a adolescência. Esse é perfeito. E, sob a forma de exigências e expectativas, lançará o peso de sua perfeição sobre o casamento real.


Não entramos no casamento como quem vai enfrentar uma experiência nova, que ditará seus proprios rumos. Mas sim dando prosseguimento a uma peça ja muito representada, apesar da ausência da personagem principal. Sabemos o texto, temos o programa na mão. E se, aos poucos, a história começa a mudar, nos sentimos defraudados, queremos nosso dinheiro de volta.


 BJS DE LUZ NO CORAÇÃO

BLAYDE

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