terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Black Rose





A garota estava sem ânimo nenhum para sair. O término recente do namoro estava a deixando pra baixo, sem vigor, sem fome, sem ânimo para nada. Mas, como suas amigas eram espertas, com um pouco de chocolate, e algumas promessas de “talvez você conheça alguém legal hoje”, ela acabou cedendo.




E lá foram. 

A garota, e duas de suas amigas. Para uma badalada casa noturna. Apenas o povo mais descolado ia para lá. Num sábado à noite, era impossível as três ficarem no zero a zero. Afinal, eram lindíssimas. Pena que os homens não sabem valorizar, não é mesmo?



A mais velha, no alto dos seus 24 anos, esbanjava feminilidade, não era um espetáculo de corpo, mas tinha um rosto extremamente bonito, parecia ter sido esculpido por algum artista habilidoso. Era loira, e tinha olhos cor de mel, uma mulher e tanto.



As amigas eram duas gêmeas, de 23. Ambas morenas de olhos puxados, uma possuía sorriso de menina, e corpo de mulher. A outra, um sorriso sedutor, e um corpo escultural, pois era muito vaidosa em relação a isso. Certamente, são alvos de piadas maldosas tendo ménage à trois como plano de fundo. Também pudera, elas inspiravam pecado.



Chegando no local, a balada estava agitada. Como a Loira não estava com ânimo para dançar, foi direto para o ambiente do bar. Um belo bar, falando nisso. Enquanto isso, na pista de dança, as gêmeas atraiam olhares de todos os lados.



Foi o tempo da Loira sentar no balcão, e ao se mover para efetuar o pedido; foi interrompida: 



- Por favor, eu gostaria de um Whisky Sour para mim, e um Dry Martini para a dama aqui presente.



A garota ficou incomodada. Quando se virou para ver quem era, se deparou com um rapaz peculiar. A primeira coisa que pensou, foi: “Hum, apesar de atrevido, ele é meu número”.
O que se seguiu, foi de uma química inexplicável.



- Sabe, eu normalmente não faço isso, mas vendo você aqui, eu pensei em mil coisas para falar, mas que tal, apenas um “oi”, não sou do tipo de cantadas manjadas mesmo. Que tal começarmos denovo?



A Loira riu, e curiosa para ver aonde isso ia dar, concordou com a cabeça.




- Olá! Meu nome é...



As gêmeas observavam de longe. E comentavam entre si, rindo, da sorte da amiga.
”E ela não queria sair de casa!” Riram. Vendo que a amiga estava se ajeitando, voltaram para a pista, pronta para voltarem para casa sozinhas, se fosse preciso, afinal, o papo com o rapaz parecia que ia render algo mais...




- Gostaria de sair daqui, e dar uma volta pelas redondezas, eu moro perto daqui, numa cobertura perto da praia. Que tal darmos um passeio na praia, e depois, vermos o sol nascer da minha varanda?



A proposta soou meio perigosa, porém, a Loira estava começando a se desinibir, devido ao álcool. Era impossível resistir. E assim foram. Andando pela praia, uma conversa sobre futuro, viagens, carreira.
Quando se deu conta, a moça estava no apartamento do rapaz, aos beijos. Esquecera o seu nome, suas amigas, onde estava, só estava a fim de curtir o momento. Deixaria para se preocupar com o depois, pela manhã.



Por um momento, envolta nos braços de um estranho, esqueceu de todos os problemas, do término recente, e conseguira se libertar. Não se sabe se foi por escolha de ambos, ou efeito do álcool, mas alguém esqueceu de usar camisinha. A Loira não se importou, ela tomava anticoncepcional, e estava afim de alguma loucura, de qualquer forma. E assim foi. E não se arrependera, o rapaz não decepcionou, se é que vocês me entendem.



Após o ato, ela só teve forças para dormir. O rapaz fez o mesmo, exausto.



Pela manhã, ela se levantou, e foi até a varanda. Teve uma visão maravilhosa da praia. Espreguiçou-se, bocejou, e foi até a cozinha, estranhamente, o rapaz não estava lá.
Voltou ao quarto, reparou que no criado mudo estava um cartão do Flat onde ela estava.
O local era alugado, e ela teria que sair as 12:00.



Ah, ele me enganou. Ao menos, a noite valeu a pena, vou ligar para uma das gêmeas virem me buscar”. Pensou.



Andando pelo Flat, em busca de um telefone, ela viu uma bela Rosa negra, colocada delicadamente em cima de uma carta. Ao lado, estava uma dose de Dry Martini.




”Então ele é do tipo romântico?” Pensou.



Ela virou a bebida, cheirou a rosa, não tinha nada de diferente na fragrância, mas a rosa era dotada de uma beleza extremamente fascinante.
Então, abriu a carta. Nos dizeres, em uma letra elegante, seis palavras que mudaria seu mundo para sempre: 



"Bem-vinda ao mundo da AIDS."

É meninas ! Vamos evitar esse tipo de tragédia. Sendo assim  previnam-se ok ?





Bjs de Luz no coração




Blade





















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